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quinta-feira, 21 de julho de 2016

A ARTE DE RECEBER NÃO



Recentemente vi no linkedin o post de uma recrutadora onde ela contava a resposta de um candidato ao ser convidado para participar de um processo seletivo. O candidato em questão respondeu o e-mail agradecendo ao contato dizendo que não iria comparecer na “palhaçada de processo seletivo” até o dia em que a entrevista fosse direto com o responsável do RH.

Claro que a resposta do candidato chocou tanto a recrutadora quanto boa parte das pessoas que comentaram o post, a mim, essa história me fez relembrar diversas situações que passei em minha carreira, tanto na posição de candidata quanto na posição de recrutadora.

No início de minha carreira profissional, fiz muitos processos seletivos, isso porque na época eu tinha o objetivo em trabalhar em uma Multinacional. Todos os processos que surgiam na faculdade, rapidamente me inscrevia. Não sei contabilizar quantos foram no total, mas para se ter uma ideia toda semana estava envolvida em pelo menos um ou dois processos. Na época (me sinto velha quando digo isso), era normal ter processo seletivo com dinâmicas de grupos, entrevistas com RH, prova técnica (dependendo da área), teste em inglês, até conseguir falar com o responsável da área. Os processos costumavam ser longos, isso porque haviam bons candidatos para poucas oportunidades (situação semelhante com o que estamos vivendo hoje) sendo assim recebi muitos nãos em minha vida. E vamos combinar não é nada prazeroso em receber um não. Porque o não afeta diretamente a nossa necessidade humana de aceitação. E com isso gera revolta, frustração, desmotiva e afeta até mesmo a autoestima.  

Todas as vezes que recebia um não eu questionava internamente os processos seletivos, como era possível não ser aceita? Achava que era balela, furada todas as dinâmicas de grupo.   Na verdade as empresas deveriam era me dar a oportunidade para que eu pudesse mostrar na prática todo o meu potencial. Com o tempo, comecei a entender que a revolta ou frustração não me ajudava, e que deveria aproveitar cada processo seletivo como experiência para o próximo, e estabeleci que a cada feedback de não aprovação faria uma análise do que poderia melhorar para uma próxima oportunidade, e foi assim até conseguir entrar na área de RH.

Por ter vivenciado essa busca como candidata, como recrutadora estabeleci o hábito de dar feedback aos candidatos não aprovados (atitude essa que muitos profissionais de RH também têm),  pior do que receber não é ficar na expectativa de uma resposta que não vem.

Trabalhando em RH entendi que um processo seletivo é um casamento, portanto precisa ser bom para ambas as partes. Não há candidatos ruins, existem apenas candidatos que não são adequados a vaga em questão, e as vezes a pessoa não é adequada não por não ter a qualificação, mas por ser muito qualificado para a vaga ou cargo em questão.

Assim, como em minha época de estagio, estamos vivendo hoje um cenário de muitos candidatos bons disponíveis no mercado para poucas oportunidades de trabalho. Isso faz com que as empresas fiquem cada vez mais seletivas aumentando o seu grau de exigência para contratar, fazendo com que bons candidatos recebam um número maior de não aprovação.

Se isso vem acontecendo com você, eu tenho um segredo para te contar: Não desanime! Alguns números apontam que em média, para qualquer prospecção que se faça, uma pessoa recebe em torno de 7 nãos para conseguir receber um sim. Desta forma, aproveite cada processo seletivo para realizar uma autoanálise e descobrir o que você pode melhorar. A cada não recebido, celebre, você está mais próximo do seu sim, não desista, em breve dará certo,  tenha certeza disso, porque não há busca que dure para sempre.



Boa sorte e Rumo ao Sucesso!



Autora: Damaris Alfredo: Especialista em Gestão de Pessoas, atua como Coach, Professora em MBA, e Palestrante e facilitadora de Treinamentos comportamentais.

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