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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

QUE PALHAÇADA

Certa vez estava conversando com o meu sobrinho Gabriel que na época tinha apenas seis anos de idade e resolvi fazer a seguinte pergunta:
- Quando crescer, você vai ter um Camaro amarelo? - Perguntei me referindo ao carro favorito dele.
- Claro que não. – Respondeu tão decidido.
- Ué, mas por quê? Você gosta tanto desse carro.
- Gosto, só que é caro. Não terei dinheiro para comprar um.
Como Coach, meu intuito era cultivar bons pensamentos para que ele já crescesse pensando positivamente, por isso falei:

- Ah, mas isso não é problema, quando você crescer, vai estudar, ter um trabalho e receber dinheiro para comprar aquilo com o que sonhar.
- TRABALHO?  – Falou enfatizando cada sílaba da palavra. – Não quero ter um trabalho.
- Como assim?  – Por que você não quer trabalhar?
- Se trabalhar, terei um chefe e, se isso acontecer, ele vai me fazer de palhaço e não quero ser palhaço.
- Que história é essa? Chefe não faz ninguém de palhaço.
- Faz sim. Não quero ser palhaço. 
Fiquei pasma e observando aquela criatura ainda tão pequena e tão decidida. Até que resolvi complementar:
- Você não precisa ter chefes.
- Não? Mas, pode trabalhar sem chefes?
- Sim. Você estuda e assim você será chefe.
- Ah é? É só isso?
- É, Gabriel, só isso. Você estuda, se dedica bastante e se torna chefe – falei acreditando que ele estivesse absorvendo tudo o que estava ouvindo.
- OBA! Vou ser chefe!  Assim, eu vou fazer os outros de palhaço.

Não tive mais argumentos, até porque, em minha carreira profissional, já me senti vivendo no centro de um picadeiro. Havia dias em que minha vontade era pegar o meu nariz de palhaço e entrar na brincadeira; em outros, que deveria dar cambalhotas e arrumar soluções mirabolantes ou ainda equilibrar tantos assuntos, ao mesmo tempo, que me sentia uma malabarista.

Houve muitas situações, em minha carreira, que me deixaram desmotivada, apática, apagada, sem entusiasmo, que me colocaram em dúvida em relação ao meu talento e minha escolha profissional.  Situações essas que, em alguns casos, foram causadas por chefes despreparados que davam ordens excessivas com elevado tom de voz, não assumiam os erros cometidos e tinham medo de tomar decisões. Outras, causadas por empresas que não forneciam recursos necessários para o trabalho, não promoviam um ambiente saudável e ainda estipulavam metas inatingíveis. É doloroso falar, mas é verdade, garanto que, na maioria dessas situações, a principal causadora fui eu mesma.

Acredito que isso acontecia por não saber o que de fato queria e mesmo assim exigir que os meus superiores fizessem o melhor para mim. Por não ter clareza de meus valores, querendo alinhá-los aos da empresa, por acreditar que estava pronta para desafios sem ter bagagem suficiente para isso.  Por buscar reconhecimento sem ao menos saber em que gostaria de ser reconhecida, sem entender quem eu era, o que queria para o meu futuro, sem compreender que a responsabilidade para qualquer mudança e alcance do sucesso estava em minhas mãos.

Não é fácil reconhecer, mas cada um tem a sua responsabilidade no papel que está atuando.  E enxergar os nossos pontos, é o primeiro passo para qualquer mudança. E você está feliz com o seu papel neste grande picadeiro que é a vida profissional? Se não, o que é que tem feito para mudar o roteiro de sua história?

 PENSE NISSO E RUMO AO SUCESSO!
Autora: Damaris Alfredo: Especialista em Gestão de Pessoas, atua como Coach, Professora em MBA, e Palestrante e facilitadora de Treinamentos comportamentais.

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